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Um novo Parque em Campinas?

  • Foto do escritor: Paulo Gaspar
    Paulo Gaspar
  • 2 de mar.
  • 3 min de leitura

Hipódromo Boa Vista em Campinas Foto @drone_ly
Hipódromo Boa Vista em Campinas Foto @drone_ly

Em matéria recente do meu Blog "Estádio da Mogiana: o retrato do descaso em Campinas" questionei sobre as tentativas do Governo do Estado de São Paulo leiloar uma área nobre na região central de Campinas (Bairro Guanabara) depois de já ter vendido a maior parte da área do Páteo da antiga Mogiana para uma empresa que irá lançar um empreendimento imobiliário no local.


Meu questionamento foi por que a prefeitura de Campinas não solicitou a cessão da área ao governo do Estado e não apresentou um projeto de recuperação do mesmo e por que não transformá-lo em um parque para uso da população? 

 

Já sabemos qual será a resposta: a prefeitura não tem recursos previsto no orçamento. Sabemos que de imediato não tem, porém uma cidade como Campinas não consegue realizar uma parceria público-privada? Não consegue financiamento no BNDES? Não consegue transferir potencial construtivo para outro terreno onde uma eventual empresa que recuperasse esse patrimônio teria o custo do investimento compensado com o direito de construção equivalente em outro terreno?

 

O mesmo questionamento faço ao Hipódromo do Jockey Clube de Campinas no bairro Boa Vista, que foi a leilão por 2 oportunidades no ano de 2023. O local abrigou corridas de cavalos e reuniu a nata da economia brasileira até o início da década de 1970, o histórico Hipódromo pertence ao Jockey Club de São Paulo, a área tem 348,5 mil m², o equivalente a 50 campos de futebol. Por que a prefeitura de Campinas não arremata esta área para a construção de um parque?

 


A praia das grandes cidades são os parques. É urgente e imprescindível, que o grande terreno do Jóquei Clube ajude a cumprir esta função social e ambiental em uma cidade com 1,2 milhões de habitantes. Em função do crescimento da urbanização e das mudanças climáticas, mais do que nunca a possibilidade de construção de novos parques é muito importante. Principalmente do ponto de vista da concentração de vegetação para capturar os gases de efeito estufa da atmosfera.

 

Campinas possui hoje 25 parques e bosques e o mais recente foi inaugurado em 11 de novembro de 2020. O Parque Ecológico Benevenuto Tilli tem área de 88 mil metros quadrados e é a primeira grande área verde da região do Campo Belo e no local, foram plantadas 2 mil mudas de árvores de diversas espécies como ipê-amarelo, paineira branca, cerejeira e pau-brasil.

 

O bosque mais antigo é o dos Jequitibás, no Centro, criado em 1884, por Francisco Bueno de Miranda, na antiga região do Campo das Caneleiras. Dom Pedro II visitou o local em 1886 e sugeriu que se tornasse de visitação pública. O espaço foi adquirido pelo município em 1915 e hoje tem mais de 100 mil metros quadrados, repleto de verde, com diversas atrações. Alguns animais circulam livremente pelo parque, como as cotias, tatus, saguis e preguiças.

 

O mais famoso parque de Campinas, a Lagoa do Taquaral ou Parque Portugal,  foi adquirido pela Prefeitura de Campinas e transformado em parque em 1972. A área de 630 mil metros quadrados fez parte da antiga Fazenda Taquaral.

 

Outra fazenda histórica da cidade que deu origem a um parque é a antiga Mato Dentro. Hoje, a maior área de lazer de Campinas, com 1,1 milhão de metros quadrados, o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim mantém o antigo complexo com casarão, tulha e capela, mas também recebe uma série de atividades,  como campeonatos de mountain bike, corridas, feiras, eventos gastronômicos, música e motociclismo. O Parque Ecológico foi criado em 1989 pelo Governo de São Paulo e transferido em 2014 para a administração do município.

 

Confira a localização de todos os parques e bosques: 

 

 
 
 

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